Como garantir alto desempenho em projetos: avaliando a eficiência em conversores CC-CC durante o desenvolvimento

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A eficiência energética é, hoje, um dos pilares centrais no desenvolvimento de sistemas eletrônicos modernos. Desde dispositivos IoT alimentados por pequenas baterias até sistemas industriais e automotivos de alta potência, existe um objetivo comum: converter energia com o mínimo de perdas possível.

Nesse contexto, os conversores CC-CC se tornaram componentes indispensáveis para regular, isolar e adaptar tensões em praticamente qualquer dispositivo eletrônico. Entretanto, projetar um conversor eficiente não é apenas questão de escolher a topologia certa ou aplicar semicondutores de alto desempenho, é necessário medir, otimizar e validar a eficiência com precisão, etapa por etapa, ao longo do ciclo de P&D.

Este artigo explora com profundidade:

  • A importância da eficiência em conversores CC-CC;
  • Quais desafios surgem na medição de potência;
  • Como avaliar e melhorar o desempenho real do conversor;

Por que a eficiência é tão importante nos conversores CC-CC?

Todo conversor elétrico apresenta perdas seja por condução, comutação, resistência parasitária, histerese magnética ou processos térmicos. Mesmo pequenas perdas acumuladas ao longo do tempo podem representar:

  • Redução da autonomia de baterias;
  • Aquecimento excessivo;
  • Desgaste acelerado de componentes;
  • Maior necessidade de dissipação térmica;
  • E até falhas prematuras no sistema.

Esses efeitos são especialmente críticos em aplicações como:

Ou seja: a eficiência não é apenas um número, é um fator que define custo, confiabilidade e desempenho do produto.

O processo incremental de otimização da eficiência

Projetar um conversor eficiente não acontece de uma só vez. A eficiência é o resultado de pequenas melhorias sucessivas, que envolvem:

  1. Seleção de topologia (buck, boost, flyback, forward, LLC etc.)
  1. Dimensionamento de magnetismos (indutores e transformadores)
  1. Escolha de MOSFETs, diodos ou semicondutores GaN/SiC
  1. Estratégias de comutação (hard switching, soft switching)
  1. Qualidade e posicionamento dos capacitores
  1. Layout da placa para reduzir parasitismos
  1. Ajustes iterativos após medições reais

É por isso que medir eficiência de forma precisa é fundamental para comparar variações e validar melhorias. Porém, medir eficiência não é tão simples quanto parece.

Por que medir eficiência pode ser desafiador

A eficiência de um conversor CC-CC é calculada a partir das potências:

Mas, para que esse cálculo seja confiável, é necessário:

  • Medir tensão e corrente com alta precisão (inclusive em níveis muito baixos)
  • Garantir estabilidade térmica durante o teste
  • Isolar fontes de ruído elétrico durante a medição
  • Repetir medições com consistência para comparação real

Pequenas imprecisões nos instrumentos podem mascarar melhorias significativas no projeto. Por isso, escolher o equipamento certo faz toda a diferença.

O que acontece quando a precisão de medição é insuficiente?

Sem precisão adequada, o projetista corre riscos como:

Em P&D, perder tempo é perder dinheiro, tanto no protótipo quanto na etapa de certificação.

A solução: fontes de alimentação inteligentes com medição integrada

Modelos como R&S®NGM202 e R&S®NGL202 foram desenvolvidos exatamente para esse cenário.

Eles permitem:

  • Alimentar o conversor (fonte regulada)
  • Carregar a saída (como carga eletrônica)
  • Medir tensão e corrente na entrada e na saída simultaneamente
  • Calcular eficiência automática na tela

Ou seja:

  • um único instrumento substitui fonte + multímetros + carga eletrônica.
  • Arquitetura de dois quadrantes

Esses equipamentos funcionam como:

  • Emissor de energia → alimentando o conversor
  • Absorvedor de energia → drenando a potência da saída

Isso traz:

  • Agilidade na configuração
  • Precisão nas leituras
  • Redução no número de cabos e conexões (e no ruído!)

Como realizar o teste na prática (Passo a Passo)

1. Configure o canal 1 como fonte

Ajuste a tensão nominal de entrada do conversor.

Defina limite de proteção de sobrecorrente.

2. Configure o canal 2 como carga

Selecione o modo de corrente constante (CC load).

Ajuste a corrente de saída conforme projeto.

3. Ative sensoriamento remoto (sense)

Isso compensa quedas de tensão em cabos e melhora a precisão.

4. Ligue ambos os canais

Observe a estabilidade térmica antes de registrar leituras.

5. Compare entrada e saída

O próprio instrumento reporta:

Tensão de entrada (Vin)

Corrente de entrada (Iin)

Tensão de saída (Vout)

Corrente de saída (Iout)

Eficiência instantânea

Simples, repetível e extremamente confiável.

Por que essa abordagem acelera P&D

Ou seja:

Você reduz retrabalho, economiza recursos e acelera a decisão de engenharia.

Conclusão: Eficiência é resultado de precisão + método

Desenvolver conversores CC-CC eficientes é uma tarefa que exige:

  • Rigor técnico,
  • Iteração constante,
  • Medições confiáveis,
  • E ferramentas apropriadas.

A capacidade de detectar pequenas melhorias na eficiência é o que separa um protótipo “ok” de um conversor verdadeiramente otimizado e pronto para produção.

Com o suporte de equipamentos como R&S®NGM202 e R&S®NGL202, e o atendimento técnico especializado da OKK Soluções Tecnológicas, laboratórios e engenheiros podem projetar sistemas mais eficientes, compactos e confiáveis desde o primeiro protótipo até a produção final.

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